Acordo construção IPSS unidades de saúde de cuidados continuados.

O Município de Lisboa celebrou,as escrituras de constituição de direito de superfície de dois lotes de terreno a favor de duas instituições particulares de solidariedade social (IPSS), destinados à construção de duas unidades de saúde de cuidados continuados.
Conforme fixado nos dois documentos assinados pelo presidente da CML, António Costa, e pelos representantes do Instituto S. João de Deus e Montepio Geral – Associação Mutualista, a autarquia de Lisboa cede, pelo período de 50 anos, dois terrenos localizados nas freguesias da Ameixoeira e Carnide às duas IPSS para construção das duas Unidade de Saúde de Cuidados Continuados.
Na mesma cerimónia, que contou com as presenças do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, e da vereadora da Acção Social, Ana Sara Brito, foi ainda celebrado um protocolo de cedência de um espaço municipal no Bairro do Condado, na Avenida João Paulo II, à ARIA -Associação de Reabilitação e Integração Ajuda, com vista à instalação de uma unidade de cuidados integrados de saúde mental.
A concretização destes projectos permitirá disponibilizar nos próximos dois anos mais 130 camas para prestação de cuidados de saúde continuados para a população de Lisboa, “muito carenciada deste tipo de equipamentos”, como afirmou António Costa, esclarecendo que “os trabalhos de planeamento e levantamento de necessidades que os serviços municipais fizeram recentemente apontaram para um défice de 1100 camas para prestação destes cuidados”.
Para resolver esta situação, o autarca defendeu ser “fundamental” dar continuidade a este “modelo tripartido de cooperação entre o ministério da Saúde, a Câmara de Lisboa e as IPSS”, considerando que “só com a construção de equipamentos de qualidade, como escolas, creches e equipamentos de saúde, Lisboa pode recuperar os 300 mil habitantes que perdeu nos últimos 30 anos”.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde também elogiou o trabalho de cooperação entre o município e o ministério que, recordou, “já permitiu resolver situações tão importantes como as da construção do novo IPO em Lisboa, do Hospital de Todos os Santos, de dez novos centros de saúde e, agora, de mais duas unidades de cuidados continuados e da primeira unidade de cuidados integrados de saúde mental”.
Francisco Ramos lembrou que, “desde que existe, há três anos, a rede de prestação deste tipo de cuidados já disponibiliza 4 mil lugares e mais de cem equipas de apoio domiciliário por todo o país, mas Lisboa tem uma grande carência porque tem uma população muito envelhecida”.
Confiante de que os projectos que hoje têm início irão “correr bem porque estas instituições, que o ministério já conhece muito bem, dão-nos toda a confiança e garantias de cumprir os prazos estabelecidos”, Francisco Ramos disse estar certo de que “Lisboa vai mesmo sofrer uma enorme revolução nos próximos anos nesta área”.

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