Olhar par dentro e imaginar
Sentir as vibrações da existência e viver o dia com humildade
Ser racional, mas ao mesmo tempo brincar com o mundo
Caminhar sempre no sentido da verdade, subir ao pico e escorregar
Saber ir até onde a ilusão nos leva e escorregar na idade
Imagina uma cidade sem ilusão? Triste visão da sociedade da qual eu tenho piedade
Que bom é contar uma história e olhar para o sorriso de uma criança.
Criança essa que sabe que essa história é inventada.
Mas que no final da mesma repete connosco:
Vitória! Vitória! Acabou-se a história.
E agora? Interrogação?
Era uma vez uma criança que sonhava num mundo sem sonho
Mundo enfadonho e sem interesse. A criança sonhava só para si,
Fantasiava e queria o mundo encantar.
Mas como era diferente a sociedade repreendia-o.
Não faças isso! Parece mal! Já não tens idade para isso!
Sem tempero nem variantes. Sem sonhar sem brincadeira.
Iack! Que nojo de mundo.
Mundo sem sonho? Nem sabia que existia?
Mas existe! Exclamação!
Quero sonhar com o mundo. Quero que as flores desabrochem!
È Outono! Não interessa. È um sonho!
No sonho faço o mundo ficar perfeito
O esquerdo fica direito! Crio um mundo a preceito.
Também quero sonhar! Mas não sei?
È fácil! Estas vivo. Não estás?
Fechas os olhos, e mesmo acordado imaginas o que queres.
Crias cores onde tudo é cinzento, Dás vida aos mortos
Sonhas acordado, Sonhas a dormir
Vais ver que bem te vais sentir.
Boa! Vou tentar.
A partir de uma folha caída o menino que nunca sonhava
Criou uma planta que desabrochava
Pintou o mundo de cor. Falou as línguas do mundo
Sujou-se na lama da repressão. Bebeu leite e comeu pão
Ficou feliz o petiz.
Mas como se tornou diferente. Numa sociedade cinzenta.
Rotularam-no de doidinho. Correram com ele do caminho
Vive errante o pobre coitado, sente-se sujo e humilhado
Chora pelos pecadores. Pelos pobres de espírito e rotuladores
Trituradores de sonhos. Animais.
Quando me cruzo com ele no caminho.
Sinto que ele me culpa da má sorte
Porque ele sempre me diz!
Eu sempre te avisei! Que sonhar não iria resultar
Que a ignorância do povo me iria proibir de Amar.
Passaram alguns anos.
E o menino nunca mais sonhou
A guerra cresceu no Mundo
E o sonho o vento o levou.
O Aerograma perdeu-se no pó
E o destinatário? Nunca o recebeu.
Vitória! Vitória! Acabou-se a história.
@BomNorte2010
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