Segunda Feira

Ninguém chora por mim
Porque sinto que estou perdido no meio de novelos mal enrolados
Procuro um prazer.
Um tesouro que me aquece o coração
Nas ruas desta cidade percorro todas as vielas em busca de recolhimento
Se existir uma cura que me livre de ti?
Por favor. Exijo salvação para o fim deste tormento
És um vicio que me suja e me faz vender a alma
Sou teu. Mas não devia ser propriedade de ninguém
Farrapo desfeito que está perdido e embrulhado por jornais
Satisfação que demora.
Noite que não tarda
Caminho pelo abismo em busca de prazer
Vivo como alguém que jogou forte. E perdeu tudo
Presente ausente de um curto passado
Grito para alguém no mundo.
Se existe algum aroma no mundo?
Eu somente sinto o cheiro do vício
Toda a noite está em sintonia com o estacão
Estação que se atravessa no meu ser e termina sem ternura
Sofrimento que acaba comigo.
E me faz perder a razão
Eu sou um corpo que ainda vive.
Rasgado por um segredo que vive e sofre
Leva me por entre iguais.
E deixa-me onde eu estou agora

@BomNorte2010