O despertador toca e acorda o verdadeiro actor que está em mim.
Sou verdadeiramente um crente fictício. Um apóstolo da alegria.
O Cenário está montado por isso ponho-me logo de pé.
È um teatro que me tira a preguiça. Que me faz despertar.
Aqueço a máquina do café. Sinto falta dele. Tenho o sorriso dentro de mim a tremer. Falta de cafeína.
Quero um café.
Café com muito açúcar para adoçar a tristeza que guardo em mim.
Sou um ilustrador da fantasia. Danço a valsa da vida e crio encanto
Obedeço às artes e crio uma dança de luz.
Luz essa que me conduz. Homem carente que transporta maquilhagem numa mão e afasta os cães que ladrão com a outra mão.
Cães que tentam afastar a alegria.
Onde estão os cães?
Ouvi dizer que as crianças estão a sofrer. È esta a razão que me encaminha na tua direcção
O dia hoje está frio e o meu nariz está vermelho. Vermelho que é a cor da vergonha, insatisfeito por pouco trabalho feito.
Mas mais vale o nariz vermelho do que o nariz entupido
Trabalho estonteante que me deixa exausto.
Nunca esqueço a tristeza,
Mas ela ainda me faz tremer ao passar por ela
Levo de improviso as alegrias que estão descritas nos livros.
São páginas escolhidas ao acaso que eu escolho ao levantar.
Lágrimas que me lavam a cara. Momentos de recordação.
São muitos os dias em que envergo uma armadura.
Armadura que barra a tristeza. Vidros quebrados de uma vida dura.
Sabe bem, fazer o bem!
Troco dor por amor. Se alguém estiver interessado. Junte-se a mim por favor.
Dou por mim a perguntar-me porque é que o destino é assim?
Faço o melhor de que eu sou capaz. Desvio os rumos e levo guloseimas aos olhos das crianças.
As pupilas estão dilatadas e as orelhas agitadas. Distribuo apertos e recebo sorrisos.
E as crianças pedem-me para voltar.
Vais partir? E deixas-me a mim a sorrir.
Não te posso pagar. Mas arranjo um pagamento de outra forma.
Baixa-te. Quero beijar-te.
Sei que um dia irei recordar o teu nariz.
Dou um passo para a frente e dois para traz.
Estou cabisbaixo. Sei que o amor cura doenças. E não sou doutor.
Não compreendo a despedida. Mas o dia é longo e eu sou uma miragem.
O Outono é a estação que está a chegar.
As folhas são levadas pelo vento.
E são as folhas que me fazem partir e me ensinam a sorrir
E quando me perguntam o que eu quero para o Natal.
Respondo a sorrir. Quero ser uma flor a florir. Um castelo de fantasia.
São estes pensamentos que me oferecem noites sem dormir.
E termino com a minha mão a acenar.
Vou partir.
Deixo encantada a miudagem que se encontra acordada.
São despedidas que eu não quero devolver.
Voltarei e representarei de outra forma.
Doutor da fantasia. Sorriso de improviso
E à noite quando estou sozinho choro baixinho.
Vazar da tristeza que o meu corpo tenta expulsar.
Vou querer esta noite dormir, porque hoje a noite está para sonhar.
Amanhã. Mais um dia para representar.
Nunca deixarei de encantar.
@BomNorte2010
Uma Homenagem à Operação Nariz Vermelho.
E um piscar de olhos a todos os meninos doentes :)
Comentários
Não conhecia.
Como assim que não te seguia?!
Agora já faço parte.
Adorei aqui!
Estou seguindo e linkei em meu blog de poemas
http://tengacreencia.blogspot.com
Abraço!