Bom Norte vende se ao METRO nas melhores retrosarias de Lisboa
È um tecido a retalho, estampado com desenhos folclóricos e rodeado de motivos alegóricos.
Mas atenção! Não o tentem comprar
As prateleiras estão vazias, rigorosa simetria. O produto irá estar em saldos
Não esperem por esta altura. Só pelos saldos de Verão
A loja já sofreu as obras de restauro. Já endossei os convites para a inauguração Mas ele só entrega as cartas em mão.
O espaço foi bem concebido. E a pintura está linda. Colocamos espelhos na diagonal. Exigências?
Falta de paciência. Mas espero ocupar toda a loja com todos os seus retalhos.
São retalhos de um ser frontal que espalha o bem dizendo mal.
Mas eu sou somente mais um vidro que tentas quebrar
Sou as páginas apinhadas que ele escreveu
Páginas essas que se cozem umas ás outras e se colam com cola branca.
Totalmente caseadas, revistas e corrigidas. Sou um livro em construção.
Sem encadernação, nem orientação Sou o miolo de um papel em branco , papel esse em que ele desenhou as letras. Escreveu composições sem fim. Mas com um travão económico.
O motivo é a conjuntura. E as pressões editoriais, e outras coisas mais.
Somos somente cadernos avulsos. Cadernos nus que foram se vestindo.
E estão tão bonitos que até ganharam uma capa.
È uma capa de uma medalha, è um cartão reforçado pelo couro, timbrado com o titulo a ouro.
Especial esta obra. Mas tenho que admitir que me rendo à obra do artista.
Mas? És um livro ou um retalho?
Sou o que quiseres que eu seja. Quero voar na tua imaginação.
Estou farto de imitações de levar encontrões.
È uma acção contra a qual quero lutar. Não sou igual. Sou eu próprio.
Livro, revista, brochura ou uma simples gravura.
Ofereça livros no Natal.
Mas não livros a METRO. Esses não têm qualidade
@BomNorte2010
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