A minha Homenagem à revolta de 1 Dezembro de 1640
Hoje conspiro. Amanhã revolto-me
Por vezes só a cinza sobra. Por vezes não lhe resta lugar
A fogueira está ao meu lado
Tenho sempre a ideia em mente de querer me libertar do teu calor
Calor que me sufoca.
Os jogos que criastes estão perto do fim.
A riqueza está empobrecida. E a casta da nossa raça abraça a revolta
Sem privilégios em terrenos régios. És um usurpador.
Tiraste-me o papel da mão e deixaste-me sozinho em palco.
Eu não quero ser um Castelhano. Quero ser Português
Não lido com tiranos, nem sou da raia, sou um cidadão que ama a sua nação.
Não posso deixar que me levem e que me tirem a terra.
A terra que revolvo e viro. Que seca à lua que é minha e não é tua.
Beijo-a com saudade e sei que tenho que caminhar, sinto a necessidade de a reaver
Fico a dever favores. Mas recebo louvores. E tiro-te a roupa que sabes que não é tua.
Sofro em silêncio, e escondo-me entre o regaço de uma mãe que perdeu o filho.
Choro pelo lugar que já não é meu. Perco o rumo das estremas.
Caminho pelas bermas de uma terra perdida. Sem defesas defendo um lugar que não queres largar.
Sou um provinciano de uma nação que se divide e se vai perdendo
E pelo tempo que eu perco planeio a revolta.
Voltas e mais voltas. E na revolta que Deus me deu.
Vou reivindicar o que é meu.
De que serve a viola se eu estou atado ás suas cordas.
Sou um elo de uma corrente que já não é gente
De que serve olhar o céu se estou acorrentado e sem volta
Sou um V que vai e um V sem volta
Altero a história e avivo a memória crio a revolta.
Sou um ferro dobrado uma personagem que eleva. Sou um dos quarenta.
Que viveu num tempo. Em que a ironia se ria.
E se tornou profeta.
E lavou a sua alma.
Abandono a espada.
O destino foi traçado.
A terra foi devolvida e os fantasmas desapareceram e abandonaram os seus venenos
E o povo continua com a sua terra. e separa os venenos e enterra as amarguras.
È uma revolta que já não volta. Mas que recordamos com sentimento
@BomNorte2010
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