Por vezes escrevemos, escrevemos. E as palavras não são compreendidas.
São puzzles sem união.
Faltam-lhe peças que nunca se encontram
São luas que se cruzam no meu caminho.
O Trilho por vezes muda e o vento sopra e a rosa que era linda por fim murchou.
E as palavras que eu tento passar coalham ao relento.
Venha cá…. Venha cá ao meu jardim. Disse as rosa para mim.
Tens falta de palavras? Então olha para mim.
Eu sou a rosa branca. E aquela é a rosa negra.
Se tens algum problema e não ganhaste o jeito.
Colhe uma de nós e coloca-nos ao teu peito.
Fico surpreendido e confuso. E refresco-me do calor da estação.
Olho para a lua que desafia o sol. E ganho a inspiração que me cobre e me protege do frio.
As palavras aparecem no meio do frio, e pelas ruas que me amparam.
Solto um grito triste à lua.
São escassos quilómetros que eu venço. Mas são milhares as palavras que eu ganho.
Branco tormento que passou. E escrevo palavras em demasia.
São vozes que me libertam da amargura. De um dia que acabou
E de uma noite que já é dura.
Marcha perigosa que me atira com pedras ao caminho.
Plantas de rosmaninho que ganham cheiro .
E lenços que secam ao luar.
As palavras descarregam as letras.
Pois o escritor está prestes a criar.
@BomNorte2010
Comentários
São simplesmente intrigantes, certos poemas que escreve eu por vezes desisto de compreender,gosto de o ler-porém há dias que tenho que desistir.
(sabe-se lá porquê?)