Adoro sonhar e ouvir a banda filarmónica nos meus ouvidos a tocar
Tenho um ar de louca, sou um ser experimental que não tem romantismo.
A cabeça está oca e por baixo de mim o vento sopra.
Coração rendido aos perigos da sociedade. Sou um ser sem efeito
Um defeito da sociedade, uma viola acústica num mundo da tecnologia
Tenho a barriga nua de alimento e alimento-me do que apanho na rua.
Toco todos os instrumentos para abrir caminho.
Entrei em 2011 com o ritmo de 2010.
Os anos mudam-se no calendário, mas eu fico sempre pelo caminho.
Maria do Rosário. Cuja maior riqueza é o seu calvário.
Ela vive onde o sol se pôs. Imagina a magia do seu rosário
A minha casa tem pouca mobília mas como magia tem um terço a quem eu peço.
As suas contas são simples sinais, fumos imortais, lutas da maré que a vida nos impôs
Dorme lado a lado com a saudade e cobre-se com o avesso da noite que deixa perdida a simples verdade
Encobre o seu choro como um preso na prisão. São lâminas espelhadas que correm em roldão.
O simples orvalho acomoda-se no seu canto, sente pena da pobre.
È o dilúvio que aperta o coração do pedinte que tem vergonha e não pede esmola.
Será pecado esticar a mão? Questiona o mar salgando.
Improviso uma vida perfeita e esqueço os sinais dos demais. São simples fios emaranhados.
Fios trocados, entrelaçados por a desgraça dos erros de quem os viveu
A vida perde a magia quando nos oculta a verdade. E esta é a história de vida que já a viveu.
@BomNorte2010
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