Ouço somente um vasto adeus, um reconhecimento por ser quem eu sou.
Mas sinto que sou suficientemente inteligente para entender a verdade.
Mas por vezes sinto que sou eternamente estúpido, tão ignorante que até o ser mais enervante consegue ser mais inteligente que eu.
São as diabruras de uma vida de campanha, rito de passagem que altera a minha maneira de ser.
Pensamento que tenho ao amanhecer, são os ossos irregulares do meu ser.
Viajante eternamente solitário, que inicia uma viagem patrulhado por milhares de almas iguais.
Não sabes aonde sai, nem sabe porque viaja, qual será que a razão de tal viagem.
Viajem de um culpado que não acredita que sejamos ou queiramos ser quem transparecemos.
Sou o que sou e passo por quem sou. Sou um acreditar transparente.
Uma figura sem traços que desfruta a vida. Uma besta vingadora que procura vingança numa cidade em ruínas.
Vivo a minha vida sob a ostentação do um corpo tumultuoso, saúdo a Lua e ilumino os caminhos por onde passo.
Perfume que deixa um rasto de ideias por odores deslizantes que emano.
Sigo por um ritmo que marca a conquista de uma etapa nova. Sou uma noite de Dezembro irrequieto. Temporal vindo de poente que me levanta as folhas amarelas do meu caminho.
Fria está a noite e quente me torna o grito que lanço ao tempo. Basta. Sou um libertador.
Sou uma pedra que se enterra na areia.
Areia que outrora desceu pela encosta levando à sua frente toda a lama que sujou a superfície.
Centro de um universo que ofereço ao cobarde que tenta esconder as suas mágoas.
Sim. Fui eu que alterei o tempo. E parto as algemas que me barra a caminhada.
Parto sem dizer mais nada. Sou um rasto de mim mesmo, deixo amarrado o toldo que cobre os meus destroços.
@BomNorte2010
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