A despedida do começo, as lágrimas cria as nascentes
O vento de poente traz sempre alguma lembrança.
Os pobres abrem-me o coração, e eu faço-lhes a cama de lavado.
Fortifico a vontade dos crentes, uno os elos da corrente.
A aldeia descansa em Bragança e em Lisboa a cidade nunca pára
O ferreiro bate a chapa que se molda e cria forma.
Torno-me sério e dou passos na direcção da fé, será este o rumo correcto que me tornou recto.
Correcto é o inocente que nunca fez nada. E viajante é o homem que se faz à estrada.
Por vezes procuro não ver. Não vejo não choro.
Crio cordões, e enrolo as contas, do faz de conta que me faz lembrar de um refrão.
Porquê é que estás triste? Porquê? A razão dessa tristeza faz-te estremecer a voz, homem triste que passeia só, Leva-me contigo
Confusão de um mundo que cria um homem especial.
A tensão do mundo pode não ser um defeito. Pode ser simples a razão. A mudança pressionada nunca nos leva a nada.
E o caminho sem atalhos, baralha-nos muito mais.
Vou para onde me levam as palavras, e fico sem elas quando deixo de sentir
A noite está fria, e arrepia-me o seu silêncio, a chuva molha o meu olhar.
Esqueço o que faço e molho a minha ansiedade, a verdade estará no ar.
Mas estará muito alta. Não a consigo alcançar.
Fico onde convém. Minto para esquecer.
Chuva caiu mais forte, as gotas salpicam os meus pés.
Mas? Chorar não irá encharcar a terra seca e gretada pela consciência
Bom Norte
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