Muitas palavras são curtas demais para que eu possa exprimir os meus sentimentos.
É assim a vida. Os meses são tantos, e passam tão depressa pela vida, que por vezes perdemo-nos nos meses que o ano tem.
Pobre vida contabilizada ao segundo. Alegre a vida que se junta ao bem.
A ilha é bizarra, e as tristezas do mundo são várias.
Mas no meio de tanta tristeza, encontro com certeza a beleza no encanto da natureza.
Adoro as nuvens que me fazem sonhar. Adoro soldar, e assim unir a luz à escuridão.
As gotas de chuva que caiem parecem apaixonados que dão beijos na boca, e partem de mãos dadas, amantes que não são distantes.
Desenho no pó que me suja as mãos, corações que não se querem sós.
A terra entrega-se às nuvens e sorve toda a sua água, e cria fontes e pontes, barreiras que se colocam por entre nós.
Estou completamente rendido às nuvens que se amontoam sob a minha cabeça.
A beleza e a sua magia, fez-me colocar o meu dedo no ar.
Quero responder a uma pergunta que sei de cor.
Quero ser um cavaleiro, percorrer o branco que me faz sonhar.
Escorregar suavemente. Sonhar versos que um estreante, escreve só para nós.
Não troco um sino por um guizo. Detesto as despedidas. Comparo-as mesmo às trevas sobre a face do abismo
Sinto o silêncio mas sou um ser eternamente só. Livre mas soldado ao passado, perdido, e por isso não sou capaz. A terra suja as minhas mãos.
Condeno as nuvens a descarregar as minhas lágrimas sobre nós.
São as gotas de solda que escorregam e me causam medo.
A terra mantêm-se curva, tento ser um eterno amante, por isso soldo um coração perdido no zinco que brilha, reflecte a escuridão do meio de nós.
Bom Norte
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