Perguntaram aonde eu escrevo os meus textos?
Eu de imediato respondo.
É na rua!
A iluminação na rua é azul, a sua intensidade nem sempre é igual.
Já as personagens vagueiam em frente dos meus olhos, o silêncio é distante, anelada como uma cornucópia e aveludada como o veludo cotelê, inspiração que o mundo me oferece.
O candeeiro está tombado e a câmara fotográfica pronta a disparar.
Personagens? Vindas de indivíduos que aparecem e oferecem a sua imagem.
Abandonam os seus gentis corpos e desaparecem confundindo-se com o resto da multidão.
Não tenho ideia quem foram. E desconheço quem eles são.
São corpos com figuras dilaceradas pela selva da cidade, enfraquecidas pelas chagas.
É mentira! Pois tento a todo o custo dar-lhe uma vida.
Invento um jingle para poder vender a história O corpo ganha a batalha. Guarneceu-se com centenas de sentinelas fanáticas.
O Reverso da medalha conquista o lado ao Verso. E grita Vitoria!
Apoiado pelas bases quadradas do humano mais sisudo do planeta, consegue arrancar-lhe a todo o custo um sorriso envergonhado.
Aproveitando esse momento único, visto-o com uma branca pele humana.
Deixo à solto na selva que a escurece e a destaca da luz do dia.
Ofereço à história à rede que me comenta agradecida.
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