Hoje será o último dia, vou mostrar o que aprendi, está atenta à simples gentileza do meu olhar.
Fulminante e penetrante, sou uma tragédia Dantesca que te fará sonhar.
Sou a criatura que te empurra para longe do meu olhar.
A viagem está prestes a ser inicializada, dou o inicio à loucura de um tempo que me faz pensar.
A tua cara nunca mais ninguém a poderá visualizar, pensarei que este é o lugar que procuro, imagens estranhas de outro tempo que não quero recordar.
O meu coração reage simplesmente aos teus desejos e esquece as ordens distantes que eu quero dar.
Não obstante, torna-se estranho o luar que toda a gente conhece.
Nego a estação que me traz a tua imagem ao pensamento, peço perdão, e espero que entendas, mas a vida não é somente como te lembras.
As gotas que as tuas pestanas empurram e lançam para outro lugar, encontram-se e recriam um mundo melhor. Entende que as histórias não são sempre iguais.
Triste será o olhar que eu disfarço, singelo e fácil de imaginar, penso em retratos vividos, casos conhecidos de penosos seres estranhos que entram na minha vida.
Ergo e empurro as palavras para a frente, e lanço-as contra o vidro que me impede de prosseguir.
Avanças na guerra sozinha e sonhas um dia a guerra ganhar.
Dias e dias a pensar, o tempo escasseia e a guerra toma outro rumo.
Apago a tua imagem para sempre, mas vivo esperando por o teu regresso.
Vivo simplesmente as recordações.
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