Caminho! Carnide à noite!


Pelas pedras da calçada
Chovem luzes de alegria!
Que lindo  está o meu chão!
Que piso de noite e dia!
Triste eu estou! Triste tu estás!
Sinto que em ti nunca reparo!
E tenho em mente para ti olhar!
Mesmo quando pelos teus trilhos me desviar!
Sulcas desníveis, vences barreiras
Colocamos blocos em cadeias!
Dispostas em linhas horizontais ou oblíquas!
Depende do ângulo!
O modo de olhar!
Dás  cor. Entre a relva serpenteias!
Estás disposto! Ou mal disposto!
Depende do gosto!E da arte!
E levas-me para onde eu quero que me leves!
Ou levas-me pelos teus caminhos a passear?
Se eu te piso! Antes! Sem pré aviso!
Sentes e não lamentas! E o teu destino! E nada podes fazer!
Estás enamorado?  És um puzzle que eu não consigo montar!
Não posso tocar-te? Não falas a minha língua!
Tiro-te fotografias! Para que te possa mostrar!
Vaidoso estás ! Bonito te tornas!
Que lindo paralelo!
Um cubo com beleza!
Sulcado com frieza!
De cru a belo!  Belo te tornas  tu!
Se eu te quiser tocar? Sentes que eu te admiro!
Se alguém vier ter contigo? É conversa!
É conversa! Que pode querer?
Partimos! Partimos! Para onde me quiseres levar!
E assobio! Canto e levito sobre o teu corpo.
Que se encontra disposto!
Em qualquer lugar!
Onde te possa encontrar!
Estranho o teu silencio!
Que se torna maçador!
E caminho por baixo de  um sol abrasador!
O céu já está iluminado! O dia já nasceu!
E o teu corpo está vidrado!
E soltas um cheiro! Avinagrado!
Avinagrado como?
O suor do meu corpo!
Exposto por entre as linhas horizontais e oblíquas!
Deixo o meu nome escondido!
Para quem me queira encontrar?
Se eu em ti reparo!
Tu em mim tens que reparar!

@BomNorte2010

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