Passeio! Anseio!
Banco de areia, chego a casa ao fim do dia!
Casa vazia! Que agonia!
Na habitação por cima de mim o Elvis canta!
Na habitação em baixo canta-se o Fado!
Fado que entoa! Fado que não perdoa!
Lá fora o vento voltou! A gaiola do pássaro abana e a água entornou!
Faz frio! Em Agosto? O Céu está escuro.
Queimo uma torrada! Cheira-me a esturro.
Ligo a televisão! Que miséria a informação!
Só tristeza que dá sono! A televisão eu abandono!
Abro a janela e por ela! Inalo a frescura da noite!
Frescura que me dá lucidez e me cura!
Neura que parte e me liberta!
Viro as costas! A janela continua aberta!
As vozes cruzam-se com o silêncio! E o silêncio que era pesado!
Deixa as ruas! Parte desamparado!
Embriagado porém, eis que chega o meu vizinho!
Noite que será violenta! Talvez um sono ao relento!
Fruto do seu estado! Desordenado desamparado!
Tropeça, cai, fica mal!
Será que é preciso hospital?
Ai! Que noite de Verão! Será que é preciso me relembrar!
O castigo que tenho que cumprir! E que ao qual não posso resistir!
Torturado pelos meus maus pensamentos! Rio-me em frente ao espelho!
Espelho que parto com vigor! Ferindo as mãos choro de dor!
Cale-se seu estupor!
Grita a Dona Encarnação! Desconhecendo por completo! A minha total aflição!
Situação! Sim!
Ainda me lembro da aldeia dos meus pensamentos! Aldeia essa em que as crianças caminhavam pela estrada fora com os livros na sacola! Na direcção da escola.
Moçambique? Angola? Nem sei onde seria!
Mas tamanha façanha no meio de uma pobreza oculta pela tristeza!
Os meninos caminhavam com as fardas rasgadas! Com as botas cardadas! Olhando para o firmamento! Longe está o seu pensamento.
Ofereço-lhes lápis para escreverem! Prenda simbólica! De novato!
Mas não me lembro que não era boato!
De que servem os lápis se não há papel para escrever.
Regresso à realidade! Que horas são?
Meus Deus! Nossa Senhora da Conceição!
1 da manhã! Já é tarde!
É mesmo! Não é verdade?
Ouço as badaladas lá no sino da Igreja!
Deito-me! O dia para mim acaba!
Na casa ao lado!
Ele levanta-se!
1 da manhã está na hora do seu dia começar!
Barbear! Lavar!
Canta ele uma linda canção!
Eu?
Adormeço ao som do seu refrão!
Sonho com a paisagem perfeita.
@BomNorte2010
Casa vazia! Que agonia!
Na habitação por cima de mim o Elvis canta!
Na habitação em baixo canta-se o Fado!
Fado que entoa! Fado que não perdoa!
Lá fora o vento voltou! A gaiola do pássaro abana e a água entornou!
Faz frio! Em Agosto? O Céu está escuro.
Queimo uma torrada! Cheira-me a esturro.
Ligo a televisão! Que miséria a informação!
Só tristeza que dá sono! A televisão eu abandono!
Abro a janela e por ela! Inalo a frescura da noite!
Frescura que me dá lucidez e me cura!
Neura que parte e me liberta!
Viro as costas! A janela continua aberta!
As vozes cruzam-se com o silêncio! E o silêncio que era pesado!
Deixa as ruas! Parte desamparado!
Embriagado porém, eis que chega o meu vizinho!
Noite que será violenta! Talvez um sono ao relento!
Fruto do seu estado! Desordenado desamparado!
Tropeça, cai, fica mal!
Será que é preciso hospital?
Ai! Que noite de Verão! Será que é preciso me relembrar!
O castigo que tenho que cumprir! E que ao qual não posso resistir!
Torturado pelos meus maus pensamentos! Rio-me em frente ao espelho!
Espelho que parto com vigor! Ferindo as mãos choro de dor!
Cale-se seu estupor!
Grita a Dona Encarnação! Desconhecendo por completo! A minha total aflição!
Situação! Sim!
Ainda me lembro da aldeia dos meus pensamentos! Aldeia essa em que as crianças caminhavam pela estrada fora com os livros na sacola! Na direcção da escola.
Moçambique? Angola? Nem sei onde seria!
Mas tamanha façanha no meio de uma pobreza oculta pela tristeza!
Os meninos caminhavam com as fardas rasgadas! Com as botas cardadas! Olhando para o firmamento! Longe está o seu pensamento.
Ofereço-lhes lápis para escreverem! Prenda simbólica! De novato!
Mas não me lembro que não era boato!
De que servem os lápis se não há papel para escrever.
Regresso à realidade! Que horas são?
Meus Deus! Nossa Senhora da Conceição!
1 da manhã! Já é tarde!
É mesmo! Não é verdade?
Ouço as badaladas lá no sino da Igreja!
Deito-me! O dia para mim acaba!
Na casa ao lado!
Ele levanta-se!
1 da manhã está na hora do seu dia começar!
Barbear! Lavar!
Canta ele uma linda canção!
Eu?
Adormeço ao som do seu refrão!
Sonho com a paisagem perfeita.
@BomNorte2010
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