Touradas touros e má sorte
Pssst! Pssst! O bêbado que estava aqui já se foi embora?
Grande melga.
E hoje estou tão triste está a dar Tourada no Canal 1.
Coitados dos meu amigos estão todos cheios de farpas a sangrar.
Aficion! A mim causa-me é uma aflição
Ainda exigem que eu tenha *direitos subjectivos.*
Eu quero é actos! Direitos? Para que servem os direitos se os legisladores escrevem com linhas tortas.
Porque é que não fazem uma corrida de humanos até à morte?
Uma oferta a todos os meus amigos que são contra as corridas de Touros.
Farpeado e Estoqueado
A cada novo ferro cravado o publico vibra e pede mais tortura
A arena cheira a sangue e o ferro cravado no meu corpo queima
Cheira a sangue!
Sangue que é meu e me escorre pelo focinho
Triste será o meu destino que adivinho.
Sou uma besta. Devo ser?
Ando aqui armado em tonto
Corro atrás de algo que me acenam. Não compreendo a razão
Também não sou racional. Sou simplesmente um animal.
E estes que aqui estão serão racionais ou querem mais?
A morte parecem desejar Desafiam-me e refilam com o bandarilheiro.
Quer me enfrentar? Este desgraçado com a roupa salpicada de sangue.
Olha para mim com a mão na cintura e provoca-me!
Lança-me um desafio!
O meu instinto de defesa leva-me a atacar quando me sinto agredido.
Tal como o instinto dele? Quando se sente ofendido. Ataca
E eu defendo-me! Qual é a surpresa?
Quase me leva a dizer. Todos diferentes! Todos iguais! Somos todos animais!
Fui levado à força do meu habitat
Depois andei aos tombos pelas estradas, vi searas. Vi pontes.
Cheguei enjoado, doente e maltratado.
Entrei nesta arena foi perfurada com farpas
E ainda sou gozado.
Quase me sinto uma espécie de bombista suicida, sofro e morro em combate
E tu o que fazes?
Bates palmas, vibras e partes.
Nem assines ao meu abate.
Nem tenho direito a um empate.
Sou sempre eu que perco!
Mesmo que ganhe!
Perco.
Bem vou me despedir.
Está na hora da minha morte.
Sou um animal cujo destino é o de morrer na arena
Mas não chores!
Não tenhas pena.
Pena sinto eu por ti!
Aficionados e tarados são sempre os culpados.
As execuções públicas são próprias em países
Que foram ou são vítimas de séculos de obscurantismo
Credo! Esta doeu!
Cai o touro fico eu.
@BomNorte 2010
Grande melga.
E hoje estou tão triste está a dar Tourada no Canal 1.
Coitados dos meu amigos estão todos cheios de farpas a sangrar.
Aficion! A mim causa-me é uma aflição
Ainda exigem que eu tenha *direitos subjectivos.*
Eu quero é actos! Direitos? Para que servem os direitos se os legisladores escrevem com linhas tortas.
Porque é que não fazem uma corrida de humanos até à morte?
Uma oferta a todos os meus amigos que são contra as corridas de Touros.
Farpeado e Estoqueado
A cada novo ferro cravado o publico vibra e pede mais tortura
A arena cheira a sangue e o ferro cravado no meu corpo queima
Cheira a sangue!
Sangue que é meu e me escorre pelo focinho
Triste será o meu destino que adivinho.
Sou uma besta. Devo ser?
Ando aqui armado em tonto
Corro atrás de algo que me acenam. Não compreendo a razão
Também não sou racional. Sou simplesmente um animal.
E estes que aqui estão serão racionais ou querem mais?
A morte parecem desejar Desafiam-me e refilam com o bandarilheiro.
Quer me enfrentar? Este desgraçado com a roupa salpicada de sangue.
Olha para mim com a mão na cintura e provoca-me!
Lança-me um desafio!
O meu instinto de defesa leva-me a atacar quando me sinto agredido.
Tal como o instinto dele? Quando se sente ofendido. Ataca
E eu defendo-me! Qual é a surpresa?
Quase me leva a dizer. Todos diferentes! Todos iguais! Somos todos animais!
Fui levado à força do meu habitat
Depois andei aos tombos pelas estradas, vi searas. Vi pontes.
Cheguei enjoado, doente e maltratado.
Entrei nesta arena foi perfurada com farpas
E ainda sou gozado.
Quase me sinto uma espécie de bombista suicida, sofro e morro em combate
E tu o que fazes?
Bates palmas, vibras e partes.
Nem assines ao meu abate.
Nem tenho direito a um empate.
Sou sempre eu que perco!
Mesmo que ganhe!
Perco.
Bem vou me despedir.
Está na hora da minha morte.
Sou um animal cujo destino é o de morrer na arena
Mas não chores!
Não tenhas pena.
Pena sinto eu por ti!
Aficionados e tarados são sempre os culpados.
As execuções públicas são próprias em países
Que foram ou são vítimas de séculos de obscurantismo
Credo! Esta doeu!
Cai o touro fico eu.
@BomNorte 2010
Comentários
Não resisti em manifestar-lhe a minha insatisfação pelo que li no seu blogue. Pode não gostar de touradas. Mas deixe que os que respeitam o seu desgosto, gostem. E se necessitar de inspiração para os seus escritos, para os seu versos, peça que sugiro vários temas. A começar pela exercício da Liberdade, a nossa, e a dos outros.
José Andrade