Sou um pobre saltarico que salto e não me pico.
Um louco que se encanta e se espanta. Mas tem fé e sente necessidade de a ter
Procura no meio dos três. Algum que tenha quatro. E esgravato, procuro e cheiro.
Sinto o beijo que não vejo. Mas imploro por muito mais.
Sou um aroma natural de uma superfície que planta flores e ervas iguais.
Tenho companhia e sinto o espaçamento de um lamento.
Sou um trevo mas não me atrevo a muito mais. Sou diferente por entre iguais.
Mas sou uma planta e nada mais.
Sou uma livraria. Uma mezinha que se espezinha e se perde e não volta mais.
Aroma a trevo que me atrevo a desafiar. Animal que me mastiga e saboreia.
Sou verde e da cor da areia. Mas não me atrevo a ser seco por entre os jornais.
São olhos pretos e azuis, verdes e de múltiplas cores. Ou de cores desiguais.
Lentes coloridas no tempo perfeito. Mas perto de um amor-perfeito. Que fez uma jura com a mão ao peito.
Sou um querido. Amado pelos meus amigos. E que lhe lanço desafios desiguais.
Meço forças e faço arranjos. Sou uma flore que encanto.
E vivo nos terrenos que dependem de mim. Sonho comigo.
Sou um Narciso, e não preciso. Sou rato dos matagais. Um roedor esperto que se mexe por entre iguais.
Um trevo de três pontas. Que te admira e não desaponta
Tenho três lanças que te alcançam e na ponta um coração que te ampara.
Sou uma planta em que se apoia a sorte. Um trevo sem rivais.
@BomNorte2010
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