Se as estrelas brilham no seu cabelo. E se a alegria que erradia tornar o escuro da noite num azul radiante como a cor do mais belo dia
Ela é um pirilampo que voa. E eu uma estrelinha que caí.
Caio num abismo que não tem fundo. Mas que tem encanto.
O encanto de uma sabedoria, que alegra o pequenote.
Ensino o papagaio a voar e enrolo a sua fita, no encanto e fantasia de um crescimento e magia
Pinto castelos e princesas e ensino os pássaros a cantar.
Mas fico radiante quando ouço o teu riso distante. Os passos de uma companheira que brinca na rua sem parceira.
As bonecas que amontoam são relógios que tocam, e sinos que batem em compasso.
Quarto já sem espaço, sol que espreita. Álbum de fotografias que se descola.
Bola que rebola, e o telefone que toca. Nota que embala o seu sorriso.
Voz que ela adivinha. Olhos que ganham brilham.
O gravador toca uma melodia que dá alegria e os seus lábios rijos e carnudos
Batem um no outro. Ensaiam timbres que soam como melodias que entoam pela casa
As paredes batem palmas e as rachas que a verticalizam torturam o estuque que a alisa.
Servem de balizas que se cruzam no pavimento. E ouço sons que nunca esquecerei.
È a idade da inocência. Por isso paciência!
Os cabelos esvoaçam e ultrapassam a culpa que a idade lhe dá.
Rio-me e torno-me cúmplice. Conivente e presente.
Um ser com afectos que depende de um céu que a proteja.
Não choro. Mas parto em direcção à saudade.
Que um dia tomará conta de mim.
Mais cedo do que espero.
Surpresa que não me interessa.
@BomNorte2010
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