No mar navegam as fragatas
No ar voam os helicópteros.
E em terra estão os cães de fila.
Que me atacam e me rompem os bolsos
Se reconstruímos a cidade a partir dos destroços.
Porque é que nos comem a carne e nos oferecem os ossos?
Ando pela cidade e atravesso as ruas à vontade.
Estou sozinho e não me entendem
São décadas de castigo.
Muitos castelos de cartas que se desmoronaram.
Construímos novos lugares. E caminhos que trilham a rocha
E temos organizações. Para nos defenderem
Que se julgam santos e que nos apelidam de ladrões.
Queremos a Paz? Sonho que pretendemos idealizar
Mas em vez dela. Empurraram-nos para as ribanceiras que se abrem como trincheiras.
Porque é nos oferecem prazer? Se nem carne temos para comer.
Musica. Folclore e futebol.
Aviões tanques e o paiol.
Corporações e batalhões. Policias que caiem e dão trambolhões.
E de cima de uma cimeira crio uma barreira. Que ninguém ultrapassa.
Quem nos empresta o dinheiro?
Se é quase Natal e não temos pinheiro.
Diz-me as cores do Arco-Íris.
Diz-me todas ao ouvido sem te afligires.
No mar navegam as fragatas
No ar voam os helicópteros.
E em terra estão os cães de fila.
Que me atacam e me rompem os bolsos
@BomNorte2010
Comentários