Estou à face de uma glória
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto
Gloria em todos os lados. Á minha volta gira a glória.
Será dos meus medos? Será dos meus receios?
Ou do fosso que crio? Vejo que o tempo me escasseia, e tento aumentar a minha fama. Não sou a cigarra. Sou a formiga.
Sim. Tenho medo que se apague a chama
Ouço um nome muito baixinho que me chama.
Olho em todas as direcções. Pareço um farol que roda incessantemente a sua lanterna.
A casa está deserta, e o chá é a bebida que me aquece,
Queimo os meus dedos na chaleira que aquece água.
Água que me lava e acalma. Purifica a alma.
Solto o meu imaginário e sinto que fico preso,
Preso? Só se fiquei cravado a algum lado aguçado da minha memória?
Pensamento cravado? Só se for numa estaca que nem sei tirar.
Liberdade. Uma razão que me faz soltar bocejos
Bocejar de cansaço. Liberdade pelo pouco que eu faço
O cheiro a suor é intenso, por isso retiro-me para a sala.
Sala aconchegante que me deixa diletante. Adoro aqui estar.
Amo a música da vida. É humana e intensa,
Mas evito fazer o que penso,
São nervos pendentes, e os humanos têm sinais. Nada mais.
Socorro-me de um apelo. Apelos, são momentos tolos.
Por isso são somente meros apelos. Beijos, pedidos indefesos de um rosto
Beija-me que eu gosto.
Estou zangado. Não gosto de ser pressionado.
Isto não vai dar certo.
Eu sou sensível, por isso sinto asfixia em beijos pequenos
Elevo o meu pensamento, mas de que serve essa elevação
Se o meu tempo está no chão. Tenho que comprar uma nova bracelete.
Coquete. Não tens juízo nenhum.
Adoro jogos de sedução. Mas? Dia sim. Dia não.
Fica para aí cigarra. Canta que os teus males espanta.
@BomNorte2010
Comentários
Isso só prova que nem sempre os maiores e os já instituídos vencem,sempre.