Digo que vi e não vi nada. E a vida diz que me dá. Mas tira tudo
São línguas diferentes que se tentam unir. Beijo húmido entre dois cúmplices.
Um diz mata. O outro diz esfola. A rosa enche-se de espinho e veste o seu corpete.
Tortura a minha alma, segreda encantos que eu não entendo.
Sou frágil. Por isso tenho medo.
Temo pela minha vida. E digo que não vi, o que vi.
Ahah. Ri a distancia, e olha-me de lado, que mudança de atitude que cobardia.
Quem és tu para me dizer o que devo fazer. Tenho as mãos atadas e a língua está presa.
Sei que o tempo é apenas um fragmento de algo. Por isso penso em algo para ganhar tempo.
As paredes são minhas testemunhas. E agora sabem que eu sou versátil.
Um rapaz contra uma situação. Abandono a situação e começo a escrever a conclusão.
A cadeira liberta-se de mim e caí no chão.
E como por magia. Fico pronto a enfrentar o mundo.
Quem é? Quantos são?
Não tenho medo de ninguém. E tu ficas com um arrepio na espinha.
Rápido. Vamos. E fugimos os dois, dos venenos da vida.
A carteira, a minha identificação?
Não interessa. Criamos nova identidade.
Já estava farto de ser e parecer.
A chuva caí e a trovoada provoca estragos na estrada.
E fujo por atalhos que nunca trilhei.
São as alterações à vida que surgem do nada.
O destino ainda não encontrou. E a estrada essa, era a errada.
Os humanos têm coisas destas. Precisam de mudar.
São as nossas danças quotidianas, Rendições com os olhos fechados
Coca-Colas sem gás. Já estamos fartos. Queremos mudança
Mas como somos fortes, erramos. Somos humanos.
E sabemos que um dia encontramos a resposta.
@BomNorte2010
Comentários
Fantástico!Ao poeta nada mais se deve exigir que ele não possa dar...apenas poesia.
Se um poeta pensar deixa de o ser.
Haja sensibilidade...