Será vergonha ou será manha?
Tenho os cabelos arrepelados. Não é dos nervos
Mas imagino-me sendo uma flor. Flor que vive no teu mundo
Sou o teu fosso, vivo para o bem, e vivo mal.
Hoje desfilo para ti. Amanhã refilas comigo.
Tento me defender, por isso creio ser uma flor.
Lanço-te o meu perfume e tudo ganha um novo sentido.
Gostas do meu vestido. São os púcaros de um poço.
Poço sem finalidade, está seco, dar água não se sente capaz.
Fecho os meus olhos e tento olhar para a lua. E tu sabes que eu sou só tua.
E fico contigo, e tu não me dizes nada, a tua voz está embriagada, e o meu coração não é capaz.
Fico à espera de algo que faças, e que percas a fama, e só peço que consigas uma vitória.
Faz as coisas com sentido, e nada mais te ele irá pedir.
O açúcar está racionado, e o teu rosto está azedo.
Gostas de mel? Não é mau. Não é bom.
É doce, por isso não é azedo. Não é de supermercado.
Contorno o incontornável, sou inoxidável, e o meu corpo é resistente aos contratempos.
Velas ao vento, que desafiam os deuses. Odeio a forma como tu me mentes.
Declaro um luto ao mundo, tapo os meus olhos com vergonha.
Adorava ser uma borboleta, por isso sou um andamento de uma dança em pontas.
E fugir por entre os teus dedos, e imagino que sou um colibri.
Álibi que protege o teu mundo. Peso o meu amor em gramas e peço equivalência em quilos.
Sou capaz! Fica para ver o que faço. È fácil ter fama, mas mais fácil perder a glória.
Sou um facho direccionado a um sentido. Luz inutilizada, à beira de uma estrada fechada.
Sou mesmo boa. Sou de valor incalculável, sou o teu futuro.
Adoro fruta. E tomas-me como filho de uma fruta.
Passo-me por o que queres que eu seja. Bom proveito.
E quando acordares. Um bom pequeno-almoço.
@BomNorte2010
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