Tenho sangue de Espanha a correr nas veias, e a coragem Lusa que me fez atrevido
Bendita a hora em que nasci Português.
Povo que me deixa saudade.
Trago a paixão no meu porão e o amor que nunca me esquece
Sou um timoneiro de um povo que se mantém calado.
Um artista em dia. Uma voz e um lamento que navega em dias de vento
São águas que me conduzem e me ensinam a navegar
Locais distantes, tão distantes como o meu olhar.
A espuma das ondas que escorre do meu rosto são as lágrimas dos descobridores.
Canto canções ao silêncio e escuto o seu eco.
silincio agonizante que me silencia a voz
São franjas de espuma que me gelam os sentidos
As estrelas em carreira iluminam o meu caminho.
Tenho saudades das batalhas, das trincheiras que me desafiam.
Do Ultramar com Amor são as vozes que eu transporto.
São votos de perdão dos corajosos que lá estão
Tenho os meus olhos no chão e choro de olhos cerrados.
Olhos pecadores em procissão que marcham nas vielas e reclamam por Lisboa.
Rapazes com olhar em proa reclamam pelas caravelas perdidas no oceano
São rapazes traquinas que choram pelo seu irmão.
São luas que embalam as almas dos soldados que já tombaram.
Homens que me fazem chorar também.
Só consigo viver se lutar contra o vento. Sinto dor pelo desconhecido.
Sou tímido mas amo a vida. São reflexos que me dão. Arrepios do sentimento.
Choro a rir e contrario o sentimento, carrego o meu castigo
Mas sinto este Amor pela Pátria que não é só minha.
Pensamentos bizarros descritos na minha poesia, que tento em vão evitar
São os demónios da ocasião. Pensamentos que dão em pecado.
@BomNorte2011
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