Cautelosa a energia, que me turba a memória
Astro sereno que reflecte a bondade. As vagas do mar oram pelas sereias
Areias que me tingem os pés, fio que entrelaço por entre os dedos.
Energia que renova o meu sangue, que me coalha a apresentação.
Renovação prometida, abafada pela verdade que me prende os pulsos.
Hoje vence a humildade, manhã da melancolia que vence a noite
Risonha é a força com que acordo, triste é o dia que acaba.
Negação que luta contra o que faço, e que causa embaraço pelo que não faço
Traços brancos que se tornam negros, degredos que me tiram a calmam.
As clareiras esperam-me, desafio que me lança, que eu ignoro
Corte que vai ser cozido, mas vazia é a minha carteira que me conquista
Energia que me tira o sangue, campos de um sonho que me acalma e seduz.
Elipse que não tem fim, que me fustiga a pele e me promete a morte.
Flocos de neve com finos odorem que se tornam flores adornadas com picos das silvas que se espetam nos dedos.
Rio que corre ao contrário, mas por teimosia teima em subir.
Lagos gelados com profundas águas escuras, que me afoga a sede.
Cresce e aparece, deita-te no meu leito desfeito que se torna pequeno pelos versos dispostos em desalinho.
Pergaminho sem utilidade, na qual escrevo a verdade, e troco-o por a energia que é nossa.
Azul são os meus olhos que encadeiam o verde que os tinge e altera a sua cor.
Dói-me os olhos doentes. Olhos que eu troco por fósforos que não se acendem, luz rasgada que rouba a escuridão.
Agoiro que me aquece as orelhas e me mancha o Norte, causando desnorte que me acompanha através do tempo.
Escondo as figas por causa do agoiro e parto com medo delas.
Fujo com medo dos meus versos.
@BomNorte2010
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