Iris está muito triste, sente-se só.
Tem uma dor sem fim, sente-se presa, não quer brincar, Juno vendo o seu amargo, oferece-lhe um arco pintado com as cores mais felizes do planeta.
Arco de uma beleza incontornável, de sete cores de beleza, que lhe trazem felicidade,
Mas o arco da íris tem saudade, talvez pense num amor?
Trouxe consigo companhia, Alguém que lhe conhece a cor,
Substitui todas as suas lâmpadas fundidas, e as suas faixas hoje estão garridas,
Os dois dão as mãos e afagam as nuvens, odeiam o diabo, e amam a bondade
Será que chove ou é falso alarme?
Não olhes pela minha cor, pois não adivinhas o que me vai na alma
A presença dos dois é uma operação de charme, contrário ao que faz parecer
Entrelaçam as suas cores, e o céu alegria irá ganhar
São todas as sete cores , estados do meu coração.
Dia diferente, duplos arcos, redobram a atenção sobre mim, sabem de algo?
Não avisam mas delimitam os caminhos que eu tento pisar
Joaninhas laranjas dobradas sobre o arco dão as mãos e criam um trama que me oculta dos olhares mundanos.
Redes que crivam cores que me recordam um sorvete italiano, doce sabor que me faz salivar.
A vontade de olhar o mar cria o azul que me domina, o amarelo apaixonado, liberta bandos de pássaros que voam sobre mim. Do verde que me abraça e afasta do mar.
Somente o violeta me limpa a sarjeta que deixa a água chegar junto a mim. Acontece por vezes milagres na natureza, focos de luz de eterno brilhante, a neve caí, bênção para muitas curas, e o anil que me faz oferecer águas a Abril.
O cortejo passa e agora é a rainha que está nua, passa cedinho, para a esconder do caminho.
Assim acaba uma história que não e minha, mas também não é a tua.
Viva a manhã. Viva o dia.
O sol ilumina o dia e a água da chuva enche a mina. Somente resta água nas poças que demoram a secar
Continuo a chapinhar nas poças de água suja, tentando assustar os incrédulos que desconfiam de tudo.
Bom Norte
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