O nevoeiro dissipa-se e o dia volta a brilhar

A alegria toma conta das tristezas É um milagre que pode acontecer a todos nós
Hoje é um novo dia. Os amigos estão junto ao marco do correio e aguardam notícias minhas. E eu estou com saudades deles
Os braços estão abertos, e os olhos postos na estrada.
A paixão esqueceu como se escreve as belas palavras, e lê os versos escritos por mim.
Profissionais outrora esquecidos ganham voz e os seus rostos ficam marcados em álbuns criados por nós.
O professor de castigo espreita do seu postigo, ao sabor da ondulação da sua profissão, barco à deriva sem rumo.
Sentado no carro que me traz de volta, lanço o meu bafo contra o vidro insensível que me fornece as imagens visíveis do meu presente.
Estou a chegar. E estou onde nunca cheguei a partir
Os meus apontamentos são os mais complicados sentimentos, ou talvez simples rabiscos de um quotidiano.
A marioneta pode estar estragada mas o argumentista ficou por cá.
Escreve textos que te são endereçadas, vive com um outsider e os seus olhos não estão habituados às lágrimas vertidas em vão.
A obra fica para sempre, e os meus dedos fazem-lhe companhia, não me interessa se os anéis vão. Ou em que dedo estão.
São as naturalidades cruas de uma realidade,
O tempo varre a poeira, e deixa limpo o espaço para o meu coração.
A obra está criada, e o resultado é o que se vê.

@BomNorte2011