Freguesa, Baronesa. Nada melhor que os frescos cá da Teresa.
Tenho o amor puro, olha o tomate rijo e maduro.
Sorriso fresco. Mais belo que este não deve haver!
Esta é a minha venda, são os frutos do meu coração.
E os filhos estão onde estão?
E o marido por onde anda?
Vive todos os momentos do dia, passa o dia a sonhar, passa o dia a sorrir
Olha a fruta. Como vai a Dona.
Eu? Na luta pela vida mesmo sem sabendo. Vai-se vivendo.
Quantos quilos? Quer levar-me consigo? Era brincadeira amiga.
Tenho calibrado o pecado. Alinhado, justificado. Tenho a Policia que me trama e me faz fugir. Sou a música que a orquestra quer tocar
Vou ao cabeleireiro só quando há festa.
O trabalho dignifica. E a bondade depende da verdade, diz o Rossio ao Cais do Sodré.
Credo em Cruz. Zona do pecado. Livrai-me meu Deus e Senhor.
Ando sempre com esta medalha ao meu lado, livra-me da tristeza e dá-me fé.
Groselha ou Capilé o sistema só cobra a quem trabalha, São duras criticas de velhotas com saiote, pobres senhoras, que dependem do que têm, e não do que lhe dão, sempre de cor negra a vestir,
Salsa e coentros. Mais nada freguês?
Estou a perceber. É uma coentrada com todas as letras
Dou e não cobro., adoro as contas de dividir, mas no fim do mês é só subtrair,
Escargots para o francês e caracóis para o português. Sorvido sem compostura, um, dois, três. Cozidos, temperados, aguardas a vez.
Pensamento da madrugada, na cara, triste e cansada, ambulante, efémero viajante que dá cor e paz à minha cidade.
Freguês aguarde a vez!
Aquela é a namorada do meu filho. Disfarça.
Ela não sabe o que faço.
Um piscar de olhos malandreco à realidade, de alguém que sabe sorrir.
Bom Norte
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