Sinto os dedos trémulos, até acho que rasguei o forro do casaco. Imagino o porquê?
Estou certa, que os olhos reparam no que eu faço, mas o que não é meu, tenho que devolver, é pecado roubar identidade,
Aprendo o que devo fazer. Mas a inveja, não fica bem a ninguém
Lá fora, ouço passos apressados chapinhando na água da chuva que continua a cair. O vento dissipa-se e deixa para traz a chuva que molha o que eu fiz.
O vento sopra na ferida que cicatriza,
O soldado toma conta do paiol e o petiz aprende a contar até dez
Somente sou eu que falo, e ninguém me ouve. O fotógrafo capta o momento de uma imagem que o vento leva
Leva-la vento. Leva-la para longe de mim.
Os segundos correm atrás dos minutos, que tentam não pensar na derrota
A porta abre-se, e de lá sai um jovem minuto.
De braço dado com a nova hora, o dia passa por mim e nem noto.
Na Igreja da Luz o noivo olha emocionado para a noiva que atira o bouquet imaginário contra o sonho que tenta recriar.
A imagem de outros não é correcto eu a ter, por isso penso nos dias em que olho e reparo no teu olhar, desfaço o que faço, e penso que devem pensar mal de mim,
Razões que me tiram a razão, e por ser o que sou, peço desculpa. Tudo o que penso marca a diferença, de braços dados na amizade, as gotas que escorrem dos beirais lavam os mal-entendidos, e os pardais compõem palavras esculpindo as nuvens no céu
Uma oferta e um pedido de desculpa à Ana Catarina , pela inserção de uma fotografia sua aqui no Facebook.
A Ana é uma rapariga que se mostrou amável e educada, por isso um grande abraço para a Ana.
Bom Norte
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