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As águas do Mar embatem violentamente, no meu corpo
Os cachos do meu cabelo louro, transformam-se num emaranhado que me faz lembrar a caruma do pinheiro
A bruma do dia partilha com a geada a dor que fustiga o meu corpo
Esta humidade recorda-me Londres, milhentos museus britânicos, lojas em saldos, Torre de Londres, sonho de inverno, saudades do verão,
A espuma afaga os meus pés, as gaivotas saúdam o pescador.
Falso sentimento da agua que embate contra o cimento
Conto as pegadas por mim marcadas, São marcas ligeiramente sulcadas, vindas de um corpo que flutua,
No céu o Hélio eleva o balão, e na terra a locomotiva alimentava-se a carvão
E os meus sentimentos por quem são?
Voltar atrás nunca fará regressar o amor, por esse motivo as ondas regressam quando chocam com a areia,
Pois o mar nunca diz adeus, recita o poeta lendo as palavras no livro de Morfeu,
páginas viradas por borboletas, mariposas vaidosas que duram um dia,
Vaporizo charme na tua direcção, diz o gigante adamastor para o anão,
Triste anão, eterno pecador preso ao mastro da caravela.
Sempre com os seus braços esticados na tua direcção em busca de um abraço, humano condenado pelo que eu sei, sentença que cumpre por culpa do que eu não que faço
Bom Norte
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