Saudação ao Sol
O sol hoje venceu a chuva, o dia amanheceu com um sabor doce, ganhou uma nova cor que me lembra a vida.
Voa a gaivota, ri o bebé, ao largo vejo chegar os paquetes.
A relva rega o torniquete e brinca com a água, dá acoites doces no rabo das reluzentes gotas,
Gira torniquete, gira e lança com o teu braço água que parece nascer do orvalho.
No jardim da minha vizinha brinca a sua neta traquina.
Já vou. Só mais uma cambalhota! Grita arreliada a pequenota.
Sobe a rua e vira na próxima, Rua direita? Rua torta?
Questiona a perdiz à perdigota.
O mar acordou agora. Está ensonado, verto ao largo o meu esgoto, afasto dele o mau cheiro.
Troco o fumo das castanhas a estalarem no assador por um gelado.
Não importes o sabor. Gosto deles no cone, trincar o seu pé.
Sou o menino que nasceu na rua com nome de rio. E por mais que tentassem apagar a chama deste pavio, São mais vezes as que choro, do que as que rio.
Falo pelas palavras escritas pelos meus dedos.
Viajo por onde tu andas. Mas não respondo ao teu chamamento, porque tu não me chamas.
Poderemos jogar xadrez ou um pouco às damas. Não interessa o jogo. O que importa é a maneira como o amas.
Bom Norte
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(É uma prece?Sim é!)