Hoje sinto que fui embrutecido pelo tempo que me fustiga
Sinto uma necessidade tremenda de Amar Mas o meu corpo só poderá amar uma recordação.
Sinto que estou perdido no tempo, e sinto saudades do meu ser Irei o tentar procurar nos arquivos poeirentos do tempo.
Sinto que estou preso no esconso que a vida me ofereceu. A minha rua desemboca numa ruela que fede a inveja
Cogito na leviandade malévola. E choro por ela.
Estou encarcerado e vivo por entre as trevas, o destino nem faz questão de me salvar.
Será que é tarde? Será que é cedo?
O império está a desmoronar-se, e os culpados apontam-me os seus assustadores dedos na minha direcção.
Terei que planejar uma manobra que irá confundir os negros seres que mais se parecem com corvos.
O meu pensamento mapeia imagens da minha infância e agride-me constantemente com recordações fúteis que só servem para me fazer sentir triste.
Tenho por vezes até medo do carneiro que assa. Rodando e rodando incessantemente.
Será que ele me atraiçoa? Será que ele ressuscitará?
Ofereço a sua carne ao fogão acolhedor que sorve a sua gordura.
Caminho por estradas por alcatroar, lanço cruzes estilizadas tentando a todo o custo crucificar os pecadores.
Parto de mãos a abanar e continuo preso ao meu corpo que teima em se acorrentar.
Comentários
Pois foi,mas não lhe fizeram mossa!!!