À rasca será porventura o modo como vivem os pais desta geração.
Estes são os Jovens que um dia se tornaram a geração do desenrasca.
Geração habituada ao dia eternamente solarengo.
Mesmo quando na rua chove aos cântaros Refeição servida ao simples piscar de olhos.
A falta, e a escassez não existe no seu vocabulário, aos seus olhos provoca confusão.
Leva os pais a serem vitimas de corrupção, presos ás telhas da máquina que os quer triturar.
Nariz empinado com vestimenta de líder, do outro lado da rua vive o silêncio que beija a cripta fúnebre ao Ego devedor.
O dinheiro outrora expelido pela boca do multibanco. Encontra-se preso com um grampo. Acabou o dinheiro de plástico!
Paga o que deves rapaz!
Deixando-os cegos, desprovidos de fé, feliz vive a cautela do penhor que faz parte da minha obrigatória indumentária.
Estes são os Jovens abandonados
Espalhados no meio desta selva cruel, controlada pelas regras da sociedade.
Sociedade essa que muda de perfume constantemente, deixando o frasco completamente vazio, mas cheio com o seu silêncio.
As Meninas estão desprovidas de menina do olho, ganharam um olhar de serpentes, procuram uma solução, rastejam sem razão, refugiam-se no aborto. Ser mãe é que não.
Estão fartas de Lábios que só proferem palavras de negação
Frases e mais frases que os pais lhe dão. A culpa de quem será?
Minha também com-certeza.
As cartas encontram-se espalhadas sobre a mesa.
No entanto eu oferecerei a todos eles ouvidos de mercador e olhos gentilmente fechados que os farão refugiar na irracionalidade da situação por falta de prevenção.
Serão certamente Seres invertebrados destinados a viver os dias com a tristeza tatuada nos seus olhos. Falsas e feias criaturas desdentadas que se sentem traídas pelos próprios pais.
Este é o meu lugar! Esta é a minha posição! Desconheço porém o destino da Nação.
Não sou mágico mas adivinho! Viva a geração que dá o pino. Vendedor e contorcionista
Procuro as moedas que se confundem com a vegetação. Reata-me somente a fonte seca.
Tentarei beber as falsas lembranças deixadas pelos meus pais que sorveram com egoísmo a água até secarem a última gota.
Pais e avós eternamente culpados por terem criado ilusões.
Seres febris que viviam ã rasca, ocultando a verdade, talvez por vergonha? Talvez por vaidade?
Mas porém tenho a certeza que a culpa é da sociedade.
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