Hoje o céu sente que ê precoce, beija a nuvem de subtil vapor que parece desafiar o céu,
Envergonhada e fora de controlo ela incha e chora,
Ela quer subir além dos céus, livra-se da sua dor. Mas somente consegue contornar o céu que lhe nega a subida.
Gira e gira. Que nuvem linda que ela é. Novelo de vapor que flutua,
Coluna de vapor que me faz crer que o amor é verdadeiro.
Pura é a mais bela da ilusão. Os ecos embate na cripta e o mestre descansa na eternidade que o tempo lhe oferece.
OLÁ.OLá.Olá,olá. Tanto eco, repetição que o Amor me ofereceu
Eu reajo, mas a vida corre em mim e não viajo no tempo.
Límpido azul que salpicaste a terra com o teu pigmento.
Nuvem de cristal que suga a água ao mar. Chora porque procura um amigo e está enamorada do céu que lhe transformou a existência num castigo.
Sente a tristeza e vive de facto o amor. Mas sente no seu corpo a tristeza de nunca serem dois.
É verdade. São os factos que se podem comprovar. O vapor solta-se e evapora na sua direcção.
Viaja no eco e não causa repetição. Nuvem que é uma princesa da fantasia.
Rodopia. Rodopia e transforma-se num pião
As minhas grandes saudades são o sonho que nunca sonhei. São factos e evidencias que o amor produz.
O meu Amor vive lá longe e nega-me a sua companhia. Ninguém quer aceitar o meu coração.
Rodopio e viajo na tua direcção tentando sem êxito beijar as tuas mãos tristes
Lanço o meu segredo em rolos de fumo. E sopro-o com ar fresco.
FUuuuuuuuuuu.
Espero que o ouças e que saibas que amo o azul do céu.
Sigo o meu Amor permanecendo parado no lugar onde é mais curta a distância.
E sorrio pensando que quem espera sempre alcança.
É assim que eu sou. Um eco, um facto do Amor
Texto escrito ao som de:
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