O Amor de Romeu e Julieta
O tempo contou-me que existiu um casal que por amor sucumbiu. No entanto fiquei sem perceber a razão pela qual o tempo os deixou partir
Triste é a história que me contou, Amor e sofrimento que o povo amou.
I
Ai Julieta!
Reclama Romeu que não resiste a um coração partido.
As horas são como cascatas que jorram, molham os minutos, deixando os nossos corpos encharcados pelo amor, despedem-se se dos segundos que nunca chegarão a regressar.
II
Escuta o silencia Julieta! O relógio da torre do campanário roda os seus braços, deixa marca na vida que o tempo afasta de mim.
III
Esperarei ate ao último martelar, espero por um tocar do sino. Será o Bronze a marcar o meu destino. Tenho saudades dos ponteiros levemente aguçados
IV
Tenho medo do silêncio, ordem difícil de explicar à roda que marca a cadencia. Imprudência que me faz apertar o braço de Julieta, deixando-a marcada na morte.
Envolvidos na dança que acalma a corda no seu rodar infinito, o balanço quebra-se, e marca o fim da vida.
V
São simples ponteiros fingidores que trabalham no silencio, avessos à mudança de um tempo que cessa as suas funções.
VI
Ponteiro recebido como uma graça divina.
Solução rápida para um problema. Que os segundos criaram.
V
Até logo Julieta o tempo empurra-me, e junta-me a ti.
Solto gotas de suor bombeadas sob pressão, jorro que o tempo expele como sinal da sua tristeza. Cabelo que alisa, sangue que estanca nas fendas do meu coração
VI
Eu e tu adormecidos no sono eterno do amor, Romeu caminha na direcção de uma mera miragem. Imagem ténue e distorcida que pensa deslumbrar. Percorre a selva em vão tentando Julieta encontrar.
VII
Ai tempo que levaste o seu amor! Grita o vento acordando a Julieta
Aí Romeu que já não és só meu.
O tempo corrige o seu erro e junta-os para sempre. Afasta-os do mundo que não os quis. Pelo menos assim o diz?
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Etiquetas:
POESIA
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