O elo da corrente cedeu perante o bater incessante da vida.
A noite teima em chegar ao fim?
Completou o seu ciclo aproxima-se do dia que esta a nascer.
Truz-truz.
A imaginação reclama a minha atenção.
Guardo o meu olhar só para mim, sem ligar ao gesto que me fez reparar em ti.
As pérolas que as gotas de chuva formam ao escorrer sobre a superfície límpido do vidro indiciam a continuação do mau tempo.
Fico desconcertado, as minhas pupilas descodificam 2/3 do meu espaço. Ficando o restante 1/3 totalmente envolto na neblina.
As folhas borbulham, gotejam.
Perante a quietude da natureza eu deixo-me envolver e inalo o aroma anilado que me deixa estonteado.
Recebo a natureza de braços abertos.
A claridade da tarde enfraquecida revela-me sombras assustadoras.
Beijo a natureza, danço uma valsa solitária que lança o meu corpo na penumbra da lonjura.
A noite chegou. O bloco preto vai-se revelando pouco a pouco.
Os aromas tornam-se mais intensos. E eu arrasto-me para a minha caverna.
Bom Norte
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